Este post foi inspirado após assistir à palestra de Tiago Carva na Garagem 105 onde o grafiteiro mostrou seus trabalhos e aproveitou para discutir a relação desta arte com a publicidade.
Tiago debateu sobre como o artista se sente quando é chamado para criar um painel para uma marca. No casos dele, citou o trabalho feito para a Shell no muro de uma comunidade que estava ganhando uma quadra de futebol de qualidade graças à marca. O logo está lá, mas não impede o trabalho artístico feito no muro.
Para mim, o grafiteiro não precisa ser igual a Banksy, como mostrei neste post, usa sua criatividade para criticar o consumo e a publicidade. Ele pode agir de forma parecida com George Clooney: faça projetos que não são do gosto pessoal, mas que rende dinheiro para investir nos projetos que te interessam. Como no caso do Carva, que cria editoriais e campanhas publicitárias sem peso na consciência.
Nos últimos anos, várias empresas perceberam a ascensão e aceitação gradativa do grafite pela sociedade e resolveu chamar os artistas para criarem anúncios ou estamparem seus produtos, como fez a Gol ao entregar um avião da companhia para Os Gêmeos, que usaram sua “assinatura” na obra.
Veja como foi o processo de criação.
Outros exemplos:
No Rock In RIo, o Submarino levou o grafiteiro Toz para criar quadros no seu estande.
A agência Giovanni+Draftfcb chamou Tiro Senna, também em 2011, para campanha do Disque Denúncia da Prefeitura do Rio.
E você, qual sua opinião sobre marcas usarem grafites como forma de marketing ou na veiculação de campanhas publicitárias?
0 Comentários