Já faz alguns anos que existe a profissão de analistas de mídias sociais, mas as gafes continuam a aparecer de vez em quando nas timelines alheias. Pode ser culpa desse profissional, do estagiário ou do funcionário da empresa responsável pelo serviço. Sempre digo que uma das principais características desta área é ter bom senso. Com ela, suas chances de evitar saias justas aumentam consideravelmente.
Por isso revolvi colocar, pelo ponto de vista do usuário, quais são os maiores erros cometidos pelas marcas no Facebook, Twitter e Instagram.
“Forçar a amizade”
Atuar nas mídias sociais é ato de relacionamento. Mas algumas marcas exageram e ficam parecendo o famoso “tiozão do pavê”, contando piadas sem graça e usando gírias sem a menor intimidade. As pessoas percebem e isso gera vergonha alheia para a empresa.
Não saber usar meme
É a continuação do item anterior. Memes são criados de forma espontânea pelas pessoas. O material tem que ser muito bom e relevante para seu público ou senão corre o risco de bancar o “tiozão do pavê” sem necessidade.
Pedir literalmente “curta/compartilhe”
Sei que muita gente quer mostrar serviço e mostrar que é expert em engajar o público para seus clientes. Mas pedir diretamente para as pessoas curtirem e compartilharem posts, além de ser proibido pelo Facebook, passa atestado que o conteúdo não é bom o suficiente para se espalhar sozinho. Já parou pra pensar nisso?
Marcar pessoas em materiais publicitários
Nunca mais vi esta atitude na timeline, mas não custa lembrar, já que gafes primárias são cometidas toda hora.
Não responder críticas
Nem tudo são flores para quem ter páginas e perfis nas mídias sociais e críticas surgirão naturalmente. O grande problema é ter medo de enfrentá-las e ignorar as queixas que são postadas. A insatisfação pode virar uma grande bola de neve e manchar a imagem da empresa para uma fatia dos fãs e seguidores.
Mar de hashtags inúteis
Muita gente tenta ser popular no Instagram e, por isso, entope a legenda da foto das hashtags mais populares para aumentar o número de seguidores. Do que adianta fazer isso ao invés de cultivar uma audiência que realmente gosta do que você compartilha?
Tsunami de posts
Assim como poluição visual, quando um perfil no Instagram publica várias fotos em sequência, as pessoas têm espécie de “cegueira visual” e o desempenho dos posts ficam prejudicados.
Curtir quase todas as fotos de um perfil
Se isso já é estranho vindo de uma pessoa, imagine de uma marca. Certa vez abri meu Instagram e fiquei feliz por ter um número maior de likes que a média, achando que a última foto fez sucesso. Bastou alguns segundos para euforia virar decepção ao perceber que era uma empresa que curtiu quase todas as minhas fotos, certamente querendo que eu desse follow. Tiro saiu pela culatra.
Aproveitar a conversa para se promover
Uma das melhores características do Twitter é entrar na conversa das pessoas sem ser chamado e elas não acharem isso ruim, desde que você tenha algo que acrescente ao papo. Mas, de vez em quando, aparece uma marca sem noção que se mete na conversa com o simples objetivo de marcar presença. Se ninguém chegaria dessa forma na vida real, por que fazer o mesmo no virtual?
Posts exclusivamente publicitários
Como disse antes, a essência das mídias sociais é o relacionamento. Se as pessoas seguem sua marca, elas têm certa noção que você possui produtos e serviços. Claro que, de vez em quando, é bom fazer um post para divulgá-los, mas só fazer isso é tiro no pé. Ninguém gosta de receber publicidade sem bom conteúdo.
Pra você, quais são as outras gafes que ficaram de fora da lista?
[…] post vai mostrar algumas consequências dos erros cometidos nas mídias sociais que publiquei anteriormente. A seguir, alguns cases que pecaram na falta de planejamento, bom senso […]