Se você acessou o Facebook desde o início desta semana, certamente você já respondeu ao Jogo da Girafa ou encontrou algum amigo que mudou o avatar com o rosto do animal citado. Caso não saiba do que se trata ou ainda não saiba a resposta (que não estará aqui), vou colocar a charada:
São 03:00, a campainha toca e você acorda. Visitantes inesperados: são seus pais e eles estão lá para o café da manhã. Você tem geleia de morango, mel, vinho, pão e queijo. Qual é a primeira coisa que você abre?
Trazendo a brincadeira para a área do marketing, mais especificamente para estratégias em mídias sociais, eu tirei algumas conclusões:
Teste sobre tempo de vida do post na timeline
Dizem que um post fica visível na timeline dos amigos por cerca de seis horas. Depois que postei a charada e troquei o avatar (sim, dei a resposta que a maioria dá e errei), amigos vieram me perguntar sobre a brincadeira mais de um dia depois.
Teste de influência
Com certeza tem um grupo de amigos que gosta e respeita o que você coloca no ar. Depois da charada, cerca de quinze amigos responderam, sendo que umas dez pessoas erraram além de ter gente que errou e não aceitou a penalidade.
As pessoas gostam de desafios
A marca de chocolate Klik usou o WhatsApp para formar um grupo onde lançava missões que deveriam ser postadas por lá. No caso do jogo da girafa, teve gente que confessou que não queria entrar na brincadeira, mas respondia. Uma forma lúdica de uma marca conseguir mais engajamento nas mídias sociais.
Com a popularidade impressionante do meme, logicamente o Giraffas não poderia perder a chance de surfar nesta onda e publicou o avatar para quem errou o jogo e, de uma forma ou outra, pode observar este e outros itens envolvendo a relação da marca com seus fãs.
Se você observou mais alguma característica do jogo que ajude no marketing, compartilhe seus comentários.
Queria comentar alguma coisa mas nada que eu disser vai ser amistoso, então ficamos por aqui mesmo.
Lamentável hehehe
Brincadeira, Pesquisa ou merchandise? Hamm?
Eduardo sph
Posso ter ido bem longe nisso mas, tenho duas teorias pro suposto jogo/brincadeira da GIRAFA que tomou conta da rede nos últimos dias. Particularmente acho ambas GENIAIS, caso alguma esteja certa.
Tanto uma como a outra, usufruem de usuários ingênuos da rede como protagonistas de uma idéia criativa que beneficiam duas teorias que imaginei pra tal brincadeira tão sem graça.
A primeira se trata de uma pesquisa científica usada pra defender alguma tese do tipo comportamental, pois as informações de grande parte dos participantes são disponibilizadas ao autor. O espertão usou no jogo/brincadeira, argumentos extremamente persuasivos em relação à admissão do erro, ao mérito do acerto, ao indivíduo que assumiu publicamente o erro e procurou corrigi-lo com medida disciplinar e sobre indivíduo que errou, escondeu e comentou apenas no blog.
A segunda se trata duma velha conhecida nossa em estudos acadêmicos. Campanhas publicitárias subliminares. Vou dar um exemplo pra ficar mais claro. A volksvagem quando lançou o automóvel GOL, seu intuito foi ter o nome do veículo vinculado com a paixão do brasileiro e ao mesmo tempo ter a marca falada em berros por milhares de pessoas em puro êxtase ao mesmo tempo dentro de um estádio. Outro exemplo, porém sem conhecimentos de causa foi a reformulação de marca da operadora OI. É uma expressão que dizemos a todo momento, ganhando dessa forma, vida e lembrança, o que chamamos em comunicação de “RECALL” uma das coisas mais valiosas que consideramos em uma marca.
Acredito que a agência que tenha a conta da grande rede de franchise Giraffas tenha contratado o vlogger Andre Strugnell e lançado este jogo/brincadeira na rede. COLOU! Obteve sucesso e se tornou um viral. Com humilde propriedade de comunicador, digo que não consigo ver uma ação mais eficiente que essa em marketing. É SENSACIONAL! Coisa de Gênio! Digo isso não só pela ideia fantástica de usar pessoas comuns na rede pra serem protagonistas de uma campanha, mas por romper o grande desafio da publicidade dos dias de hoje, que é fazer o melhor e gastar o menor. Pude ter viajado um monte formulando essas duas teorias, mas, precisava pensar num fundamento de uma brincadeira tão idiota e que faz tanto sucesso.