This is it e o marketing de exclusividade

O dia 28 de outubro de 2009 pode entrar para a história do cinema e da biografia de Michael Jackson, o eterno Rei do Pop. Tudo porque This is it promete ter uma das maiores bilheterias de uma estréia da história do cinema. As vendas de ingressos começaram há um mês e logo no primeiro dia muitos deles já tinham sido vendidos.

Um dos fatores para o filme dirigido por Kenny Ortega já ser um grande sucesso é o tempo curtíssimo que ele ficará em cartaz: apenas duas semanas. Depois de saber disso, qual fã não sairia correndo para garantir o seu lugar na platéia? Sem contar que muita gente vai adorar bater no peito e contar para os amigos que foi um dos “privilegiados” por ter assistido ao documentário que retrata os bastidores do que seria o último show do integrante mais novo do Jackson 5.

O fato é que todo mundo gosta de ser dono de algo exclusivo ou que tenha tiragens limitadas. E o Google sabe disso há anos. Assim como o Gmail e o Orkut, a fase beta do Wave está disponível apenas para quem se cadastrou anteriormente e um número ainda mais reduzido de pessoas ganhou o direito de distribuir o convite para os seus amigos. O resultado você já conhece: muita gente implorando por um convite pelo Twitter e outras redes sociais, leilões no eBay e posts em diversos blogs mostrando como usar o Wave.

Eu batizei esta estratégia como “marketing de exclusividade” por causa da sua capacidade de gerar grande expectativa em relação a um produto ou serviço, de saber explorar tão bem o desejo das pessoas em possuir algo que não está alcance de qualquer um.

Mesmo que This is it no final das contas concorra ao Framboesa de Ouro ou o Wave seja deixado de lado pelos internautas, pelo menos o marketing atingiu o objetivo de torná-los o centro das atenções de milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas se eles vão cair no gosto do povo, aí é uma história que será pelos próprios consumidores.