A notícia sobre o estupro que uma adolescente de 16 anos sofreu de mais de 30 homens é uma das mais graves consequências do muito tempo de desrespeito e maus tratos que as mulheres vêm recebendo da sociedade. É algo tão perturbador que resolvi trazer o assunto para o blog e refletir sobre como a publicidade contribui para que as mulheres não sejam respeitadas como merecem.
O problema tem raízes tão profundas que será preciso muito tempo para desfazê-las na mente das pessoas. Durante décadas, a sociedade definiu que o homem é o provedor e a mulher quem cuida da casa. Infelizmente, a publicidade também seguiu este caminho, como você pode ver a seguir.
Um dos principais fatores que fazem com que a publicidade mundial reproduza o machismo e preonceito com tanta naturalidade é a ausência das mulheres na criação das agências. Segundo pesquisa feita por Meio & Mensagem entre as 30 maiores agências brasileiras, menos de 20% dos profissionais são do sexo feminino. Vale conferir a matéria completa sobre o assunto.
Como praticamente só tem homens fazendo brainstorm sobre qual estereótipo ou piada machista usarão nas campanhas, a indústria de cerveja tornou-se uma das maiores vitrines do resultado desta atitude.
Mas, graças ao poder das mídias sociais, as mulheres estão respondendo à altura sobre o machismo na publicidade.
E o próprio mercado lá fora vem dando sinais que está disposto a mudar este cenário, com campanhas cada vez mais contundentes e relevantes sobre o papel feminino, como Always fez para desconstruir a ideia de que fazer algo como uma menina seja interpretado como algo negativo.
A marca também incentivou a criação de mais emojis femininos, principalmente pelo lado profissional. Por aqui, o Estadão criou uma ação muito boa para o público não consumir músicas que tenham letras que depreciem as mulheres. Se você não deseja que sua mãe, irmã, amigas e todas que você conhece não receba este tratamento, qual motivo para tolerar que outras mulheres sejam tratadas desta forma?
O vídeo a seguir mostra como as crianças precisam aprender, antes dos cinco anos de idade, que as mulheres podem exercer qualquer profissão que desejem. Vale conferir e fazer uma reflexão sobre isso.
Você que tem filhos e filhas nesta idade, já parou para discutir este assunto? Sugiro que eles assistam Zootopia, animação que tem um roteiro poderoso com uma protagonista que luta para trabalhar no que ela ama, além de combater preconceitos da sociedade onde ela vive. O filme ensina lições valiosas sem deixar de ser divertido.
Qualquer coelho pode fazer qualquer coisa. Nada é impossível
Como sempre comento, nós somos formadores de opinião entre nossos amigos e quem nos segue nas mídias sociais. Está na hora de você também usar sua autoridade e canais para alertar e orientar quem faz comentários machistas em posts alheios, como a Netflix fez neste caso.
Se você é blogueiro, tem vlog ou possui outro canal, que tal abordar este assunto para os seus leitores e seguidores? É necessário que a gente não se omita diante destes casos como forma de proteger mães, filhas, irmãs, parentes, amigas e todas que, todos os dias, andam com medo de se tornar a próxima vítima da violência. Combater o machismo com informação é a solução. Topa o desafio?
Links para acompanhar
Edição do Criatônicos sobre o papel da mulher na publicidade
Dez propagandas machistas e racistas
[…] sejam alvo de preconceito, temos assunto para uma vida inteira. Para início de conversa, uma pesquisa recente feita pela Meio & Mensagem mostrou que na área de criação, entre as 30 maiores agências brasileiras, menos de 20% dos […]
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