O Facebook completou dez anos de vida há poucos dias e, pra comemorar a data, lançou retrospectivas para os usuários compartilharem na timeline. Neste período, naturalmente, a rede de Mark Zuckerberg evoluiu e com o aumento de usuários, foi necessário arrecadar dinheiro através da publicidade.
Em 2012 fiz um post sobre como anunciar no Facebook, que logicamente está desatualizado, mas fica como marco de como já tem um tempo que a mídia social ajudou a criar um novo mercado e departamento em várias agências de publicidade.
Veja quais foram os principais fatos que aconteceram com a publicidade no Facebook.
Criação de sobrinhos 2.0: se na publicidade tradicional é fácil achar pessoas que cobram quase nada para criar “anúncios”, imagine nas mídias sociais. Muita gente acha que pode gerenciar uma página porque “sabe mexer” no Facebook. Não é difícil entender o motivo dos anunciantes acharem um “absurdo” o valor de uma campanha por lá, mas quem investe em qualidade profissional geralmente tem bons resultados.
Anúncios em excesso no mobile: o smartphone está cada vez mais popular e as pessoas estão passando cada vez mais tempo no Facebook pela telinha. Mas a experiência pode ficar prejudicada, principalmente no app para iPhone e iPad. Anúncios neste formato aparecem praticamente a cada post que você passa. O que antes era mais natural, está cada vez mais invasivo.
Criação de mercado e cargos: como o Facebook é um dos pilares das mídias sociais no país, surgiu a necessidade de ter profissionais exclusivos para gerenciar anúncios, criar tabelas de monitoramento, métricas, etc. Paralelo a este fato, novos cargos foram e são criados dentro deste mercado.
Ações offline que se complementam com o FB: a mídia se tornou tão forte que muitos aplicativos oferecem a opção do usuário se conectar através do perfil. E algumas ações, como esta vending machine da Pepsi, utilizam likes e compartilhamentos na vida real para chamar atenção do público.
Amigos como hubs de viralização: se o conteúdo é rei na internet, produção é a rainha. Agências e anunciantes sabem que materiais muito bons precisam apenas de um empurrão para chegar nos formadores de opinião e se espalhar naturalmente na timeline das pessoas. E o Facebook facilitou esta viralização de vídeos, memes e imagens ao informar o número de amigos que compartilharam e comentaram determinado link. Eu mesmo vou logo conferir quando percebo que muitos amigos postaram o mesmo link em curto espaço de tempo.
Anúncios laterais: acredito que seja o ponto mais fraco do sistema de publicidade deles. Eu mesmo não presto muita atenção a esta área e quando vou olhar, as peças não me interessam. Acho que há uma falha na intenção de entregar anúncios segmentados.
Criação express: uma das características das mídias sociais e, principalmente da propriedade de Mark, é a velocidade que as coisas acontecem por lá. Novelas, jogos de futebol e qualquer outro evento extraordinário são comentados em tempo real. Ainda são poucas marcas que utilizam a “segunda tela” para se destacar, pois muitas delas ainda adotam o método de aprovação da publicidade tradicional. Claro que o Cliente precisa aprovar o que vai ao ar com sua assinatura, mas muitos ainda não entenderam que aqui não há espaço para quem fica fazendo muitas alterações em uma peça para Facebook.
Páginas: as páginas se tornaram o espaço ideal para marcas, sites e blogs, pois é ali que eles reúnem usuários que querem receber seus conteúdos. O desafio para as marcas é entregar materiais que sejam criativos, divertidos e que não “forcem a amizade” querendo divulgar toda hora seus produtos e serviços.
Mídia espontânea: as pessoas gostam de postar fotos e comentar sobre os produtos que gostam ou detestam. Cabe às marcas fazerem monitoramento por lá para ficarem sempre atentos para minimizar os efeitos de possíveis polêmicas que surgirem por lá. É por isso que praticamente não há opção para as marcas em ficar de fora do Facebook ou deixar suas páginas muito tempo sem atualizações.
Compartilhamento: os likes, comentários e compartilhamentos ajudam na viralização dos conteúdos, mas este último acho mais interessante pela exposição do material, da página e da marca para pessoas que ainda não são fãs.
Apesar de, às vezes, surgirem comentários sobre como o Facebook está enfraquecendo, a mídia social completa dez anos com forte presença entre os brasileiros e, por enquanto, é a galinha dos ovos de ouro para quem atua na internet.
Agora quero saber como é o seu relacionamento com a publicidade do Facebook. Compartilhe sua opinião.
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