– Alô, tudo bem?
– Tudo certo, em que posso ajudar?
– Meu amigo passou seu número para ver se você quebra um galho pra mim. Preciso de alguns materiais para divulgar minha loja, pode ser?
– Claro. Podemos marcar um horário para gente se reunir e conversar melhor sobre isso?
Corta pra reunião
– João, já que você faz propaganda, quero saber quanto você cobra pra criar panfleto, cartaz, folder e uma marquinha para a pizzaria, nada muito complicado. Sabe como é, preciso disso tudo pra ontem!
– Sei bem como é, Seu Manoel. Mesmo sendo “pra ontem”, passarei o orçamento hoje.
Corta pra o momento que Seu Manoel fica sabendo o valor do investimento.
– Alô, João? Acho que teve um grande engano neste valor. Que fortuna é essa que você me passou, rapaz?
– Seu Manoel, não teve engano algum. Ainda consegui um belo desconto pelo senhor conhecer Maurício.
– Mas com este valor eu vou numa gráfica e ainda sobra um bocado de dinheiro. Ou com Marcelinho, um menino que é fera nessas coisas de computador.
– Seu Manoel, lembre que você está contratando um serviço profissional de publicidade, onde a qualidade é muito superior e…
– Eu quero saber mesmo é se dá pra pagar o mais barato, João. Aliás, a metade do que você tá me pedindo.
– Não fazemos caridade, Seu Manoel.
– Então vou pedir a Marcelinho. Tenho certeza que ele faz do jeito que eu gosto, já que tô pagando!
– Aqui a gente faz o seu serviço, mas do jeito que sua marca precisa, e não como o senhor quer.
– Então, vou chamar o Marcelinho. Lá eu recebo mais pagando menos. Passar bem!
E pensar que, depois de quatro anos deste post com definições sobre publicitário ainda tem tipos de cliente que considera o serviço publicitário algo parecido com os de garotas de programa.
Alguns empresários leigos e incopetentes cometem esse erro grosseiro de achar que gráfica é lugar de criação e que lá o trabalho sairá como ele precisa. Um bom profissional fará exatamente o que a marca precisa e do jeito que precisa, uma gráfica não tem preparo suficiente para uma criação eficaz.