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Publicitário solteiro no Dia dos Namorados

Publicitário solteiro no Dia dos Namorados

Um cara disse, certa vez na TV, que publicitário adora se reproduzir em cativeiro. Ou seja, o número de casais que se formam pelas agências país afora é alto. Mas Beto ainda não encontrou sua alma gêmea e está solteiro por opção das mulheres. Apesar de ser redator, sua criatividade nas cantadas não era tão boa assim e, por enquanto, sua horta estava seca.

E chegou a época do Dia dos Namorados. O que significava botar a cabeça pra funcionar pra elaborar centenas de títulos para várias campanhas melosas, que envolvessem casais se beijando, olhares apaixonados, palavras doces e melosas para convencer o público a comprar o presente do ser amado na loja de cada cliente.

Era uma verdadeira tortura para Beto. O profissionalismo falava mais alto nessa hora, mas tinha momentos que ficava difícil criar algo que preste ao lembrar-se da separação difícil que teve com Martinha. Um relacionamento de muitos anos, que foi se desgastando por causa do trabalho de Beto. Martinha não era publicitária e não entendia o motivo de perder o então namorado por várias noites seguidas. Isso não era normal. Achava que era desculpa para pular a cerca. O fim era inevitável depois de tanta DR sobre o assunto.

Por isso que Beto resolveu seguir o conselho do colega de profissão falou na TV e foi em busca da sua cara metade que entendesse os ossos do ofício que ele tinha que roer com frequência. Por isso, não perdia uma festinha organizada pelos veículos e fornecedores da cidade. Ficava de olho nas solteiras, gastou muita lábia para conquistar o público-alvo, mas a maioria não comprou a ideia. O jeito era refazer o job até ele ficar bom.

Esta história é ficção e qualquer semelhança com a realidade talvez não seja mera coincidência. Por isso, quero saber dos publicitários solteiros, especialmente os de Criação, como eles se sentem ao ter que lidar com campanhas que envolvam o Dia dos Namorados. Compartilhe sua opinião nos comentários.

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0 Comentários

  1. Concordo em parte com os sentimentos do publicitário Caio Costa. Pergunta básica: Como desenvolver , criar propaganda se não “experimentarmos o PRODUTO/SERVIÇO” que deverá ser anunciado? Várias respostas possíveis, uma delas: utilizar as suas experiências passadas e as experiências dos outros. Pesquisar o que significa NAMORAR na atualidade? Verificar todos os possíveis approachs que envolveram a criatividade desses anúncios e os que são mais comuns e utilizados pelas marcas concorrentes. As pessoas querem ser tocadas, querem novidade não somente de acontecimentos mas, também de abordagens e conteúdos. Use a criatividade para impactar e inovar (conteúdos: titulo, texto, imagem etc) no anúncio. O amor pode ser atualmente um produto, assunto efêmero, volátil, descartável em uma sociedade pós-moderna. O que está valendo, na minha opinião, é comemorar o que está acontecendo NO PRESENTE MOMENTO: se a sensação de ESTAR APAIXONADO(A) é o que move a experiência e a comemoração simplesmente pode ser algo do tipo: não deixe para depois o que você pode comemorar HOJE! O amor pode ser volátil mas o que permanece HOJE é ter experimentado. O que leva as pessoas à aquisição de produtos e serviços é ilusão de que podem materializar a experiência do namoro para guardar na memória, cada vez que lembra do que ganhou, as maravilhosas sensações e percepções que “estar apaixonado, namorando” possibilita aos envolvidos! Tentar “esticar” ao máximo a experiência e tudo de bom que ela possibilita ou possibilitou! As pessoas adoram rememorar o que aconteceu de bom na vida!

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