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Top manias chatas do publicitário

Já declarei certa vez que a publicidade é a minha cachaça e sou apaixonado pelo que faço, mas reconheço que eu e muitos colegas de profissão temos manias no trabalho que irritam. Estou conseguindo diminuir alguns itens da lista abaixo e já observo uma melhora no trabalho.

Adora criticar o trabalho alheio, mas detesta quando o seu é criticado: essa característica aparece mais em premiações. Quando uma peça ganha é rápido no gatilho em apontar todos os possíveis defeitos do material para depois emendar que o outro concorrente merecia o pódio. Que geralmente teve participação dele. Quando o contrário acontece, encara essa atitude como ofensa e até inveja de quem está comentando.

Fazer propaganda do trabalho/agência durante discursos: muita gente não resiste quando sobe ao palco para pegar o prêmio que a campanha ganhou e ao invés de apenas agradecer à equipe faz questão de ressaltar como ela é a melhor da cidade. Nas palestras, os cases da casa predominam para ilustrar o tema que está sendo exposto.

Ficar se gabando por prêmios do passado: tudo na publicidade é dinâmico e as premiações também. É muito bom ganhar uma estatueta ou entrar no shortlist de um festival importante como Cannes, mas ficar lembrando quase todo dia que ganhou um leão de bronze há cinco anos é um atestado de chatice.

Acha que todos os anúncios são “chupados”: na publicidade, é praticamente impossível criar algo 100% inédito, pois a criatividade é a habilidade de misturar vários elementos para surgir algo original. Mesmo assim, os caras olham um anúncio veiculado, param alguns segundos, colocam a mão no queixo para sentenciar: chuparam descaradamente uma peça que saiu na Groelândia nos anos 80.

Acha que o Cliente sempre está errado: já cheguei a falar que ele nem sempre tem razão, mas tem gente que exagera. O empresário conhece a empresa que lidera, às vezes não sabe passar qual o objetivo da campanha no briefing, mas em uma conversa mais detalhada dá para pegar insights importantes para o processo de criação. Demonizar as atitudes de quem paga à agência para traduzir o que ele quer comunicar para o seu público só dificulta o trabalho de todos.

Não gostar de uma campanha sem argumentos: tenho percebido um fenômeno interessante na fanpage: crítica a anúncios que usam termos usados com frequência na internet ou quando é tão criativa que acha impossível que o Cliente tenha aprovado. Será que o anúncio em questão foi feito para a classe social a qual ele pertence ou para o público-alvo em questão?

Falta de habilidade em defender suas ideias: a equipe se queixa das muitas alterações do Cliente, mas será que estão conseguindo vender o peixe direito? Quando o Cliente faz o clássico pedido para aumentar o logotipo o Atendimento explica que quando ele for impresso estará no tamanho suficiente ou quando é pedido para mudar a diagramação do texto o empresário fica sabendo que desta forma haverá dificuldade de leitura? Manter posição firme diante de pequenas alterações evita dor de cabeça e discussões entre o Atendimento e a dupla de Criação.

Que outras manias que você percebe nos seus colegas de trabalho que torna a pessoa quando está trabalhando. Compartilhe nos comentários.

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