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Criatividade x objetividade na propaganda

Quando o comercial “feijoada” da Nova Schin foi lançada, algumas pessoas mandaram reply perguntando se não ia comentá-la. Quem visita o blog com regularidade já deve ter percebido que não costumo fazer isso com propagandas nacionais porque o foco é mostrar as melhores ideias feitas para divulgar um produto ou serviço.

Mas na semana passada Eden escreveu um post interessante sobre como a campanha da cerveja é fraca do ponto de vista criativo e que ela poderia investir em algo mais atraente para a audiência, como o comercial da Heineken.

O comercial também não me atrai, mas como publicitário, é necessário pensar no público-alvo que a campanha é destinada: pessoas que gostam de tomar cerveja (a parte da classe social, faixa etária, etc deve ter sido levada em consideração pela agência) e no ambiente que ela é consumida. Neste caso, para mim, o comercial marca pontos em criar um ambiente de festa com muitas celebridades por polegada. Acredito esta forma atrai aquele tiozão que não faz ideia da existência das redes sociais, mas sabe reconhecer quem está na tela levantando o “cervejão”. É uma opção válida para tentar fazer o público lembrar da marca e querer usá-la no churrasco, na praia e outros ambientes. A propaganda fez sua parte de despertar o desejo, se a pessoa vai topar consumi-la aí já são outros 500.

O publicitário tem que levar em consideração o objetivo da campanha. Se a Nova Schin quer vender mais cerveja em curto prazo, acredito que a campanha em mídia tradicional é a melhor opção. Se ela quiser conquistar o sentimento dos consumidores em relação à marca, investir nas redes sociais é o caminho. O Cardoso comentou sobre a viralização zero do comercial. Lógico que ela não baterá recordes de acesso pois ela foi pensada para os moldes da propaganda tradicional, enquanto no comercial da Volks com o mini Darth Vader dá para perceber que foi feito para estimular a viralização do mesmo usando uma parte da cultura pop com alto grau de paixão no mundo todo.

Pedi a opinião dos meus seguidores na página da Orfeu sobre o comercial da Nova Schin e a maioria defendeu a peça, apesar de ressaltar a pobreza criativa. Afinal, vivemos em um país onde o pode da TV ainda é muito forte apesar da queda de audiência em todas as emissoras.

Temos que lembrar que a ideia é matéria-prima para se fazer propaganda, independente do meio que se vai anunciar. Se ela não for a la Toscani, que pelo menos seja pertinente e fale a língua do público que ela quer atingir.

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8 Comentários

  1. Ja virou banal a falta de criatividade dos comerciais de cervejas brasileiras. Com certeza neste comercial ficou claro o publico alvo. Mas eu acho que falta o prazer, o prazer em estar bebendo aquela cerveja, acho q falta o amor a marca como no novo comercial da Renault, o chamado Marketing Institucional. Os comercias estão ficando repetitivos, mulher, mulher e mulher. A Bohemia fez algo que eu achei interessante contando sua historia do inicio aos dias atuais. Mas entramos em um paradoxo, pois esse é o publico alvo, homens.

  2. Opinião de uma estudante de publicidade..rs
    Eu sinceramente gostei da propaganda. Achei descontraída e interessante. Gostei mto tbm do termo que eles criaram “cervejão”. Muitos passaram a falar “cervejão” na hora de beber cerveja, e se isso for associado sempre a “Nova Schin” trará um resultado excelente.

    Parabéns pelo post!

  3. Bem…
    Sou Publicitário, tenho experiências com marketing e branding, além de ser analista de pesquisas de marcado, para um instituto carioca. Acho que focar na comunicação da peça como alvo da discussão vira “achismo” e “gosto”, existem pessoas que trabalha com tendências e números, existem pessoas que dedicam o seu tempo não no 3o segundos, mas no que o consumidor quer ver em 30 segundos. Isso não pode ser esquecido pelos criativos planers e criadores!

    Vlw brows!

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