Depois de refletir sobre as campanhas eleitorais, chegou a hora de analisar se o Brasil está no caminho certo para criar um case parecido com o de Barack Obama, considerado a nova bíblia do marketing político. Lembrando que candidatos serão citados neste post, mas não representa preferência por nenhum deles.
Para mim, a campanha de Marina Silva teve alguns traços do DNA das estratégias adotadas pelo então candidato americano em 2008 e foi a que chegou mais perto do uso ideal das redes sociais nesta área. Nos primeiros dias, arrecadou um montante considerável em doações feitas exclusivamente pela internet e soube interagir com as ferramentas. Resultado: foi a candidata mais citada na rede, conseguiu apoio de artistas e pessoas influentes no Twitter, conseguiu mais votos que as pesquisas apontavam. A campanha dela serviu para mostrar que as redes sociais não fazem milagre, mas é um aliado poderoso, caso seja bem utilizada.
Apesar de José Serra, Dilma Rousseff, Plinio e muitos candidatos também usarem as Redes Sociais, as campanhas publicitárias tiveram a mesma espinha dorsal: placas e banners gigantes no meio da rua, horário eleitoral e beijo em criancinhas nas carreatas. E o Twitter, Orkut, Facebook e celulares de milhões de brasileiros foram transformados em uma grande boca de urna virtual, com santinhos sendo enviados como spam, amigos pedindo votos para determinado candidato no dia eleição e outros casos que estamos cansados de presenciar na vida real.
Resumindo: muito candidato quer se tornar o Obama brasileiro, mas não consegue largar as velhas estratégias do marketing eleitoral, pois quem define a eleição são milhões de brasileiros que ainda não têm acesso à internet. Pelo menos, o primeiro passo para em 2012 ou 14 surgir uma campanha que se torne sucesso de público e crítica foi dado. Resta saber se algum político chegará lá.
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