A maioria das pessoas conhece desde pequeno o significado da palavra “preconceito”. Seja nas piadinhas por negro, por ser gordo ou ter algo diferente no corpo. Na adolescência e vida adulta a situação muda um pouco: as gracinhas ficam um pouco mais pesadas, a depender da situação.
E como não poderia ser de outra forma, a TV reproduz alguns preconceitos desde que foi criada ao colocar os gordos como personagens engraçados ou alvo de piadas, negros quase sempre desempenhando papéis mais humildes e por aí vai. Essa prática não é sentida em quem faz, mas sim aos seus destinatários.
Fiz essa introdução por dois casos me chamarem a atenção nesta semana: um argentino entrou com representação no Ministério Público para retirar do ar a campanha da lata falante da Skol, por que o comercial chama os argentinos de “maricón”. No outro, uma campanha da Ariel supostamente ridiculariza o gordo por receber tratamento desigual em relação ao cara considerado modelo ideal de beleza. Nos dois casos, quem se manifestou contra a propaganda foram dois representantes dos alvos das gracinhas presentes nos comerciais.
Temos que ter mente que a publicidade reproduz essencialmente o que a sociedade aceita e está acostumada ver na TV. Quando as novelas começaram a ter negros como protagonistas, as campanhas também os colocaram na linha de frente. Quando um gordo for protagonista de novelas e não apenas de programas de auditório, certamente a publicidade seguirá o mesmo caminho. O fato é que a publicidade é o espelho ideal do mundo e das pessoas. Senão, todas as campanhas, especialmente as de produtos de beleza, seriam acusadas de discriminar alguém.
E você? Já se sentiu discriminado (a) por algum comercial?
Eu sempre me sinto discriminado quando vejo as propagandas do C4 Pallas, como eles podem judiar tanto de mim que tenho apenas um Corsa Super 97?!
[…] This post was mentioned on Twitter by blogcitario and ?OS??? ?O?H?, Rodrigo Lara. Rodrigo Lara said: E por aí vai.. RT @blogcitario A publicidade e o preconceito | http://migre.me/SZET […]
Googlei blogs de publicitários em busca de trocar uma ídéia em relação ao #BoicoteARIEL.
E qnd vi o titulo deste post já pensei me encontrei… lendo tive a certeza foi feito para mim e ainda tem link para o blog onde eu demonstro minhas insatisfação com a campanha publicitária do ARIEL.
Confesso que fiz o post como faço todos os meus com alvo em meus leitores mais tomo proporçoes maiores muitos comentários, tweets e emails, fizeram com que agora a gente tenha como alvo conseguir retirar essa propagada de veiculação.
Como eu ia dizendo antes eu gostaria de saber a opinião de publicitários sobre tudo o PRECONCEITO do vídeo.
Se puderem me escrevam no email assim terei uma visão profissional de algo que eu critico a parte moral.
agradeço por lançar esta dúvida em seu blog.
bjs kalli
O preconceito citado no caso do C4 Pallas é relativo.
Se formos observar principalmente casos de venda para a Classe A quando se é Classe C você provavelmente vai se sentir discriminado por não poder consumir aquele produto.
Os negros mesmo se auto discriminam querendo cotas e muitas coisas que outros pobres brancos não tem, quando muitas vezes tem condições de atingir aquele objetivo sem se beneficiar de supostas “bolsas de incentivo”.
Existe sim o mal gosto e até muitas vezes um certo Bulling, mas como o amigo Kalli disse, é uma boa dúvida a ser lançada!
O caso da SKOL é interessante. Não vejo preconceito na campanha, nesse caso é apenas a velha rivalidade que existe entre nós e os “loser manos” sobretudo no futebol.