Artigo

A publicidade e o preconceito

A maioria das pessoas conhece desde pequeno o significado da palavra “preconceito”. Seja nas piadinhas por negro, por ser gordo ou ter algo diferente no corpo. Na adolescência e vida adulta a situação muda um pouco: as gracinhas ficam um pouco mais pesadas, a depender da situação.

E como não poderia ser de outra forma, a TV reproduz alguns preconceitos desde que foi criada ao colocar os gordos como personagens engraçados ou alvo de piadas, negros quase sempre desempenhando papéis mais humildes e por aí vai. Essa prática não é sentida em quem faz, mas sim aos seus destinatários.

Fiz essa introdução por dois casos me chamarem a atenção nesta semana: um argentino entrou com representação no Ministério Público para retirar do ar a campanha da lata falante da Skol, por que o comercial chama os argentinos de “maricón”. No outro, uma campanha da Ariel supostamente ridiculariza o gordo por receber tratamento desigual em relação ao cara considerado modelo ideal de beleza. Nos dois casos, quem se manifestou contra a propaganda foram dois representantes dos alvos das gracinhas presentes nos comerciais.

Temos que ter mente que a publicidade reproduz essencialmente o que a sociedade aceita e está acostumada ver na TV. Quando as novelas começaram a ter negros como protagonistas, as campanhas também os colocaram na linha de frente. Quando um gordo for protagonista de novelas e não apenas de programas de auditório, certamente a publicidade seguirá o mesmo caminho. O fato é que a publicidade é o espelho ideal do mundo e das pessoas. Senão, todas as campanhas, especialmente as de produtos de beleza, seriam acusadas de discriminar alguém.

E você? Já se sentiu discriminado (a) por algum comercial?

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5 Comentários

  1. Googlei blogs de publicitários em busca de trocar uma ídéia em relação ao #BoicoteARIEL.
    E qnd vi o titulo deste post já pensei me encontrei… lendo tive a certeza foi feito para mim e ainda tem link para o blog onde eu demonstro minhas insatisfação com a campanha publicitária do ARIEL.
    Confesso que fiz o post como faço todos os meus com alvo em meus leitores mais tomo proporçoes maiores muitos comentários, tweets e emails, fizeram com que agora a gente tenha como alvo conseguir retirar essa propagada de veiculação.

    Como eu ia dizendo antes eu gostaria de saber a opinião de publicitários sobre tudo o PRECONCEITO do vídeo.
    Se puderem me escrevam no email assim terei uma visão profissional de algo que eu critico a parte moral.

    agradeço por lançar esta dúvida em seu blog.

    bjs kalli

  2. O preconceito citado no caso do C4 Pallas é relativo.
    Se formos observar principalmente casos de venda para a Classe A quando se é Classe C você provavelmente vai se sentir discriminado por não poder consumir aquele produto.
    Os negros mesmo se auto discriminam querendo cotas e muitas coisas que outros pobres brancos não tem, quando muitas vezes tem condições de atingir aquele objetivo sem se beneficiar de supostas “bolsas de incentivo”.
    Existe sim o mal gosto e até muitas vezes um certo Bulling, mas como o amigo Kalli disse, é uma boa dúvida a ser lançada!

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