O preço da polêmica

Provavelmente desde que a publicidade surgiu, artistas e formadores de opinião estrelam campanhas para dar mais credibilidade ao produto ou serviço anunciado. Atualmente as estrelas em questão são as “autoridades 2.0” e qualquer pessoa que esteja fazendo algum sucesso, como o Zina do Pânico na TV.

Quem assiste ao humorístico da Rede TV! sabe como é o comportamento do rapaz: cria situações constrangedoras para seus colegas Alfinete e Sabrina Sato nos eventos que participam. Mesmo assim, talvez apostando no buzz que essa atitude ia gerar, uma faculdade de Brasília (a IESB) transformou Zina no seu garoto propaganda. O site da faculdade chegou a fazer uma enquete (que já foi retirada de lá) perguntando se eles tinham feito uma boa escolha. Nos comentários do vídeo no Youtube você tem a noção de qual alternativa venceu.

Para o azar da instituição, depois de algum tempo, o rapaz foi detido por consumir drogas. Certamente, o nome da faculdade deve estar um pouco arranhada em Brasília. É o preço que se paga por apostar em um personagem com tanto potencial em criar confusão.

Logicamente que Zina não é o único caso deste tipo. Ronaldo e Daniela Cicarelli são alguns que fazem parte deste time. Quando o atual jogador do Corinthians se envolveu no escândalo dos travestis, vários anunciantes cancelaram o contrato com o jogador e a modelo e apresentadora também perdeu muito dinheiro depois do sexo no mar da Espanha.

Claro que não dá para prever que um artista, celebridade ou formador de opinião se envolva em algo que prejudique a marca que eles anunciam, mas o risco se torna menor quando se escolhe uma personalidade que tenha um bom comportamento perante a mídia. Apostar em uma celebridade que está na crista da onda nem sempre é um bom negócio. E Zina e companhia estão aí para comprovar este fato.