Conheço muita gente que detesta os intervalos comerciais da TV. De certa forma, concordo com elas. A maioria das peças não atrai a atenção de ninguém, seja pelo roteiro, pela produção ou pelo trocadilho mais infame que uma piada da Praça é Nossa.
Mas isso não é motivo para odiar a publicidade e todos aqueles que trabalham nesse mercado. Afinal, como você escolhe as suas marcas favoritas no supermercado, nas lojas ou em qualquer outro estabelecimento comercial? Aposto que não é por telepatia, né?
Muitos fãs do Pânico na TV, por exemplo, criticam em comunidades do Orkut o excesso de “merchan” que Emílio e a sua turma fazem, mas eles esquecem que este bloco de anúncios é a base fundamental para a equipe ter condições de colocar o programa no ar todo domingo.
Tem gente que também odeia propaganda. Já imaginou esse crítico no meio de uma estrada, sem nada por perto, ler uma placa avisando que existe um restaurante a 1 km dali? A propaganda não foi útil para ele e ainda por cima, salvou a sua barriga de passar fome por tempo indeterminado?
É fato: toda mídia precisa das campanhas publicitárias para sobreviver, financeiramente falando. Mesmo sendo ruim, elas têm grande influência nas suas decisões de compra, seja numa promoção de supermercado ou no lançamento daquele celular desejado por todo mundo.
Já que a publicidade anda de mãos dadas com a todos os tipos de mídia, ela já faz parte da rotina das pessoas e é bem aceita quando uma peça tem uma idéia genial o bastante para prender a atenção do consumidor, como os comerciais exibidos na sessão nostalgia.
Se por acaso você faz parte do time que detesta comerciais de qualquer natureza, pense de novo. Sem querer, a publicidade serviu de cupido para você amar todas as marcas que você usa no seu dia-a-dia e a propaganda sempre te ajuda a encontrar mais rápido o que você precisa, seu mal agradecido.
Parabéns pelo post. 🙂
Gosto muito do teu blog e é sempre bom ver bons argumentos defendendo a nossa profissão. Mas tbm concordo que quando a propaganda é mal feita ela realmente deve ser desprezada hehehe ;P
Abraço.
É, enquanto muitos consomem, outros se matam para achar a melhor maneira de vender. E ainda somos desvalorizados, zapeados e outras cositas más(literlamente). Rs*
Mas há quem veja a beleza disso tudo e é isso que nos motiva.
Desde quando entrei no mundo publicitário, passei a assistir os comerciais, e não a programação comum. Todos acham que sou louco! ^^
Parabéns pelo post!
Mesmo antes de me formar como tal sempre apreciei boas ideias publicitárias. Geralmente, traduzir muitas delas para aqueles que nunca conseguem interpretá-las é o meu papel( não que todas tenham falha na mensagem, mas, às vezes, a intenção supera o trabalho veiculado). Em todo o caso a economia agradece!
abraço e parabéns!
Bem objetivo e direto o texto. Gostei.
Acho que para o profissional de comunicação, todos esses ‘comerciais’, por mais tosco que sejam, devem ser vistos nem que seja pra provocar risadas e isto é obvio.
Sinceramente, eu não vejo TV com frequencia, mas acho que a melhor parte da tv são os comerciais.
Não tenho certeza nem se é um mal. Considero a publicidade uma arte como todas as outras. E como em todas as artes, há sempre aqueles conteúdos de baixa qualidade (vide Dejavu) que fazem com que as pessoas passem a odiar tudo daquele naipe. Além de ter te mostrado todas as propagandas que você ama, a publicidade te dá a oportunidade de experimentar novas marcas, produtos que estão sendo lançados (tirando a Polishop), promoções (tirando a Polishop de novo, alguém já viu um produto da Polishop fora da promoção?), entre outros.
Nao amo uma marca por causa de suas campanhas. As opnioes verdadeiras das pessoas fazem eu reconhecer o valor de uma marca. Os propagandistas nao estao comprometidos com a qualidade e usabilidade dos produtos, o foco sempre foi a venda. Quem desenvolve qualquer tipo de produto ou servico deve primeiro pensar no valor que esta gerando e depois como vender e ser reconhecido.
Alguem aqui ja viu alguma campanha da Ferrari ? A qualidade do produto esta acima de qualquer campanha.
Rodolfo,
A Ferrari faz propaganda sim, a diferença é que você não é o público alvo dela, por isso nunca viu. E é claro que um carro que custa 3 milhões de reais não passa no Pânico, nem nos intervalos da novela. Onde 70% de quem assiste precisa fazer um carnê nas Casas Bahia pra poder comprar um guarda-roupa.
Acredite a F1 é propaganda tbm. Tanto pra quem patrocina, quanto pra quem corre e não é nem um pouco barata, por sinal.
Filmes, clips, show, tudo isso é propaganda pra certos produtos, não ache um cara com uma ferrari em um filme, ou uma Harley Davidson tá usando ela só por causa da qualidade do produto.
E não são as campanhas que fazem você amar uma marca ou outra, isso é pensar diretamente no que o autor escreveu e não no que ele quer dizer. Uma campanha, bem feita, desperta o seu interesse (duvido que a primeira vez que você viu uma ferrari foi na garagem do seu vizinho), faz você ir atrás, conhecer, se o produto é bom ou não, é você quem vai decidir.
Excelente texto.
Muito bom o seu post, Caio.
Partindo do exemplo do Rodolfo, podemos citar o All Star, que é uma marca popular que não faz propaganda e nunca deixou de fazer sucesso.
Já ouvi pessoas dizerem que as campanhas publicitárias da Nike são tão sensacionais que chegam a ser melhores do que o produto. (li isso em um comentário no youtube).
Eu sempre fui viciada em publicidade, mesmo antes de escolher essa profissão, nunca fui de mudar de canal durante os “Reclames do Plim Plim”
A propaganda faz parte de nossa cultura! Para mim, ela pode ser chamada até de entretenimento, afinal, quantos bordões criados por ela não estão na boca do povo?
A propaganda é assunto nos ônibus, nas mesas de bar, na internet…
Ela é um ‘mal’ necessário sim.
Quanto à questão do poder de influência que ela exerce sobre nós, é claro que temos consciência daquilo que compramos, mas só vamos fazê-lo se despertar algum interesse…seja por indicação de um amigo, seja pelo comercial de TV ou mesmo pela embalagem…e, se pararmos para pensar, tudo isso é propaganda.
Não tem pra onde fugir!
A televisão da forma que é hoje esta com os dias contados, ela utiliza o mesmo modelo a décadas, ou seja, é exibido um programa ou filme e no meio destes existem os intervalos comerciais, isso funcionou quando deveria ter funcionado hoje em dia as cabeças são outras, peguemos a internet como exemplo, claro que existem os “malditos spams” mas a tecnologia dos servidores de email estão conseguindo bloquear isso, salvo os usuários que ainda insistem em abrir emails suspeitos e que estão na caixa de spam, nós escolhemos o que queremos ver e na hora que queremos ver, o modelo televisivo de publicidade nos força a assistir o que não queremos, concordo com que diz os colegas ao mencionarem que não teriamos o que temos se não fosse a publicidade, mas dai nos forçar a assistir publicidade quando não queremos é absurdo, alias essas próprias empresas que utilizam a TV como meio também utilizam a internet e nesse caso respeitam a etiqueta da mesma, ja está dispontando a TV Internet, e quando em nosso querido país tivermos um acesso a internet rápido e barato para a massa o sepultamento do modelo televisivo atual será inevitável.
Não concordo!!
Acho que não deveria existir propaganda e muito menos capmanhas publicitarias.
No horario dos comerciais na TV, deveria ficar tudo AZUL a tela da TV.
Seria bem melhor.
As pessoas (expectadoras) poderiam conversar entre si, ou aproveitar pra desligar a tv e ir fazer outra coisa
Nunca houve tanta inutilidade, tanta futilidade na TV como na época atual.
O meu ainda necessário por condições de sociedade é o dinheiro, PP é só uma infeliz consequência disso.
Todos os dias perdemos artistas criativos para o capitalismo.
🙁
[…] questionei por aqui se a publicidade é um mal necessário na vida das pessoas, mas ela sempre prova que não há dúvida que ela precisa fazer parte da nossa […]
[…] autorContato|AnunciePostsPropaganda debaixo d´agua 02. Jun, 2011 0 Comments Algumas pessoas acham a publicidade um mal necessário, mas ela sempre dá provas de que pode ser uma espécie de serviço de utilidade pública em alguns […]
Mas se as propagandas servem para auxiliar o consumidor a escolher as marcas, por que ela se utiliza de discurso lacunar? Por que ela se utiliza de mensagens inconscientes? Por que, ao invés de dizer “nossa cerveja é a mais saborosa”, eles falam “nossa cerveja faz vc pegar mulher?
Tenho algumas colegas jornalistas que discordam totalmente disto. Elas alegam que se o programa fosse ruim (não desse audiência) grandes marcas não arriscariam patrocinar. Também argumentam que existem programas que iniciam sem patrocínio e com o passar do tempo (caso faça sucesso) surgem empresas querendo associar seus nomes aos mesmos. A conclusão delas é que cada um contribui em 50%. A minha opinião é sempre a favor da publicidade. Sou publicitária, AMO o que faço e acho a publicidade fundamental para o meio em que vivemos.
[…] canal na hora do intervalo ou folheia o anúncio sem prestar atenção, considerando a atividade um mal necessário. A verdade é que não dá para criar uma campanha digna de Cannes todo santo dia, mas o que tanto […]
[…] muitos anos que questionei se a publicidade é um mal necessário para a sociedade. Agora, com mais experiência de vida e mercado, continuou defendendo o post, mas […]