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O poder de um bom garoto-propaganda

Este ano, a publicidade brasileira presenciou um fenômeno chamado Friboi ao transformar Tony Ramos no novo “Carlos Moreno” do intervalo comercial.

Tony_Ramos_Friboi_Publicidade

A marca de carnes selecionadas mostrou como a publicidade é importante para qualquer anunciante que queira ser conhecido pelo público e, consequentemente, vender mais. Claro que é necessário ter presença nas mídias sociais, mas a TV ainda é a janela mais eficiente para atingir e conquistar determinados públicos-alvo.

Outro item para o sucesso da campanha foi a escolha do garoto-propaganda. Remando contra a maré da Pòrchatização da publicidade, a Friboi e LewLara\TBWA acertaram em cheio ao colocar Tony como o rosto da marca baseado na boa e velha teoria da oferta e procura. Enquanto Ivete Sangalo, Neymar e Fabio Porchat anunciam para várias marcas, Tony empresta sua credibilidade a apenas uma. Quando você pensa em Porchat, qual produto vem à cabeça? E em Tony? Percebeu a diferença?

Segundo matéria da revista TRIP, as vendas da Friboi aumentaram 20% depois da campanha e o ator foi líder disparado na pesquisa feita para a escolha da personalidade que anunciaria o corte de carne. Querendo ou não, Tony Ramos reúne cinco pontos desenvolvidos pelo especialista em marketing Terence A. Shimp sobre a eficácia de uma celebridade nas campanhas publicitárias:

Credibilidade, onde as pessoas confiam no trabalho do ator; Conhecimento, onde ele adota uma postura que entende sobre carne; Poder de atração, pois o público presta atenção para ouvir o que ele tem a dizer; Respeito pela mensagem que Tony passa e Similaridade, onde as pessoas se identificam com ele, como um amigo que dá conselhos, sabe conversar diretamente com a audiência.

A Friboi e Tony Ramos, de certa forma, resgataram um pouco da época do Garoto Bombril, onde o público se acostumava a ligar um rosto a uma marca por muito tempo. E a campanha mostra que a mídia tradicional continua com grande poder de influência e uma excelente alternativa para ficar, por tempo indeterminado, no imaginário popular.

E pensar que ainda tem empresário que considera publicidade gasto, e não investimento.

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0 Comentários

  1. […] A pergunta mais famosa da publicidade nacional nestes últimos meses entrou na última posição, mas mereceu a lembrança de algumas pessoas, certamente pelo questionamento que gruda na mente e que foi fonte de produção de inúmeras paródias pela internet. Tanto que tive certa dificuldade em localizar um dos comerciais oficiais da marca, já que a primeira página da pesquisa está tomada pelas “versões não-autorizadas”. Ah, e considero Tony Ramos o garoto-propaganda revelação. […]

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